Finalizado o prazo para a troca-troca de partidos, o que já se pode ver é que muita coisa mudou no Maranhão e no Brasil. Este blog se propõe a fazer uma análise rápida sobre o que mudou no cenário a um ano das eleições.
Leões rugem
A hegemonia do grupo Sarney continua forte em todo o Maranhão. A partir de convênios e de alianças políticas que duram décadas, o grupo Sarney conseguiu não sofrer uma sangria tão forte assim. Afinal, o lema do governo é o seguinte: “Sai da frente que a máquina dos Leões vai passar”. Mas o PMDB, partido da governadora Roseana Sarney e de seu pré-candidato, saiu prejudicado na dança das cadeiras partidárias.
PMDB
Na Assembleia Legislativa, por exemplo, dois deputados deixaram a base do PMDB mesmo após as fortes ameaças feitas por Roseana Sarney, Roberto Costa e o presidente estadual da sigla, Remi Ribeiro. Stênio Rezende e Fábio Braga deixaram o PMDB antes do fim dos prazos para filiação. O primeiro foi para o PRP e o segundo, para o PTdoB. Em compensação, o deputado Hélio Soares deixou o PP e migrou para a sigla da governadora.
Não decola
Muitos analistas têm avaliado que a saída de deputados do PMDB não significa apenas a “tentativa de reeleição para a Cãmara”, mas que eles podem abandonar o barco governista caso a candidatura de Luís Fernando Silva continue sem disparar quando as eleições estiverem mais próximas.
Mudança de força
Na contraposição GOVERNO x OPOSIÇÃO, a Assembleia apresentou uma única mudança radical – a saída da Raimundo Cutrim da base de Roseana para filiar-se ao PCdoB e apoiar o pré-candidato Flávio Dino.
Apesar dos panos quentes, o Governo do Estado sente muito a perda do ex-secretário de Segurança – que teve acesso a todas as informações mais sigilosas do grupo Sarney durante longos 20 anos e pode ser peça fundamental na definição de estratégias para o campo da oposição, porque sabe como o grupo Sarney joga por dentro e pode neutralizar as armas governistas.
PROS
Na Câmara Federal, uma perda significativa foi sentida pelo grupo Sarney com a saída do deputado federal Zé Vieira da base do governo. Vieira leva consigo o PROS, sigla criada este ano e que possui 16 deputados federais – desfalcando em um bom tempo de televisão o pré-candidato do governo.
Partidos pequenos
Por mais que os meios de comunicação do governo do estado digam que não, mas os pequenos e médios partidos que deixam ou ameaçam deixar a base governista farão falta no próximo ano.
Oposição
Flávio Dino lançou sua pré-candidatura e reuniu partidos que já anunciaram apoio ao projeto da oposição. Além de sua própria sigla (PCdoB), Dino conseguiu reunir no evento PDT, PSB, SDD, PP, PTC e PROS.
Crescendo
Se comparado às eleições em 2010 e 2012, o projeto de Flávio Dino cresceu bastante. Em 2010, estava acompanhado do PSB e do PPS. Em 2012, PDT, PTC e PSB na capital. Em 2013, conseguiu reunir além dos aliados de 2012, outras 4 siglas médias do ponto de vista nacional – o que lhe soma bom tempo de TV e rádio, importante na disputa eleitoral.
Eliziane
Instável se demonstra o quadro para a deputada e pré-candidata pelo PPS ao governo do estado. Eliziane apostava na figura de Marina Silva ao lado do PPS em 2014, mas a ex-candidata a presidente pelo PV decidiu ir para o PSB – que já anunciou apoio incondicional à candidatura de Flávio Dino com apoio de Eduardo Campos – que veio pessoalmente ao Maranhão selar a união entre os partidos de esquerda.
À procura de um ninho
Os tucanos não anunciaram para onde vão. Na última aparição pública, o presidente estadual da sigla, Carlos Brandão disse que continua conversando com o governo do estado e com as oposições. Mas, nos bastidores políticos, se comenta que nos próximos dias os tucanos devem anunciar apoio à oposição no Maranhão.
Solidariedade
E quem chega com força no Brasil todo é o Solidariedade, que tem uma bancada forte, com quase 30 deputados federais. No Maranhão, a sigla é comandada pelo oposicionista Simplício Araújo que já declarou: O SDD tem como prioridade fortalecer a bancada federal. Além dele, está no partido o ex-petista Domingos Dutra.
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