sábado, 23 de novembro de 2013

"Mais Médicos" Contratação de médicos cubanos apresenta ‘indícios de irregularidades’, diz TCU


Técnicos do TCU veem irregularidades no contrato para trazer médicos cubanos de novembro, 2013.

Uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) revelou que a contratação de cubanos para o polêmico programa “Mais Médicos” apresenta “indícios de irregularidades”.

O TCU questiona, por exemplo, o pagamento sem justificativa técnica de pelo menos R$ 24,3 milhões.

O governo brasileiro fechou um convênio com a Organização Panamericana de Saúde (Opas) para trazer 4 mil médicos cubanos. O valor total do convênio nos seis primeiros meses é de R$ 511 milhões, incluindo R$ 487 milhões para as despesas de contratação e R$ 24,3 milhões pagos como comissão à Opas.

Técnicos do TCU dizem, no entanto, que a Opas e governo brasileiro não apresentaram um orçamento das despesas para justificar o pagamento da comissão, que está no limite permitido.

Outro indício de irregularidades apontado pelos técnicos do TCU inclui o pagamento à Opas em parcelas semestrais antecipadas, o que não é admitido pela lei brasileira. Além disso, os técnicos apontam que os recursos enviados seriam suficientes para pagar os médicos por nove meses.

Ainda de acordo com o TCU, não há previsão no convênio de retorno de recursos não utilizados. Outra questão é que, apesar de o convênio prever a vinda de 4 mil médicos cubanos, já chegaram 5.400 ao país.

O Ministério da Saúde informou em nota que o convênio com a Opas cumpre “requisitos estabelecidos pela legislação prevista para esse tipo de cooperação”, e que o pagamento aos cubanos é um modelo “replicado em cerca de 60 países que mantêm convênio” com Cuba.

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