O senador Sarney, definitivamente, não conhece a realidade das ruas. Nesta sexta-feira(27), o jornalista Josias de Sousa, destaca que Sarney festeja fato de violência no Maranhão estar no presídio e não na rua.
“Aqui no Maranhão, nós conseguimos que a violência não saísse dos presídios para a rua”, disse o pai da governadora. “Por exemplo: o Espírito Santo não teve Carnaval no ano passado, porque as rebeliões nos presídios… eles [os presos rebelados] determinaram que não poderia ter Carnaval. E não se fez, porque tocaram fogo em ônibus, tocaram fogo na cidade, quebraram tudo. E nós temos conseguido que aqui essa coisa não extrapole para a própria sociedade", dissera Sarney.
Alguém poderia mostrar para Sarney os números da triste estatística da violência na região metropolitana de São Luís? O levantamento é da própria Secretaria de Segurança, atualizado na manhã desta sexta-feira(27).
É somente uma mostra de que a violência extrapola, sim, os muros das penitenciárias. Muitos desses crimes podem estar sendo cometidos a mando de líderes de facções criminosas, que comandam crimes de dentro de presídios.
O mês de dezembro apresenta média de mais de 3 mortes violentas por dia, podendo chegar a mais de 100 homicídios. O que Sarney tem a dizer dessa verdadeira carnificina?
Sarney não sente na própria pela essa onda de violência pelo fato de contar com seguranças permanentemente quando vem a São Luís, circulando somente por áreas nobres da cidade. Há muito tempo não põe os pés na periferia. Até pra descansar em sua ilha particular, Cururupu, vai de helicóptero. Só vê a miséria e a pobreza da periferia pelo alto.
A filha, governadora, quando mete a cara para fora do Palácio dos Leões conta com um grande aparato de segurança. Não corre riscos de ser vítima de algum ato de violência. Já o cidadão comum, que banca todas as mordomias de poderosos, vive à mercê da própria sorte nesse cenário de guerra civil na periferia da região metropolitana de São Luís.
Sarney, confira os números da violência urbana em São Luís que mostram que a violência já extrapolou, há muito tempo, os muros dos presídios.
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