Tenho pouco a dizer sobre Nelson Mandela, não era dos políticos que eu mais admirava, mas foi sem dúvida um dos mais relevantes líderes do século XX. Se entregou intensamente à luta por todas as causas nas quais acreditava e foi perseverante. Sua perseverança foi ainda mais admirável por ter sido travada no doloroso regime de Apartheid da África do Sul.
Mandela não era um santo, apesar da dose do partidarismo quase religioso de seus seguidores, especialmente depois que ele ganhou o prêmio Nobel da paz.
Contra Mandela, pesavam fortes acusações de ter sido por muito tempo sustentado pela cruel e escravizadora indústria de exploração de diamantes na África. As suspeitas aumentaram quando em , 2006, Mandela proibiu a exibição – na África do Sul – de um filme chamado “Diamante de Sangue”, estrelado pelo ator norte-americano Leonardo Di Caprio e cuja temática é justamente os meandros da exploração da pedra preciosa naquele continente.
A favor de Mandela, porém, havia sua incrível capacidade individual de arrefecer os ânimos num país profundamente dividido por questões étnicas. Ao se tornar um símbolo da luta contra a segregação racial, Mandela ajudou o mundo a ser menos preconceituoso. Não é pouco.
Partiu hoje um grande líder, num mundo vivendo uma crise global de lideranças. Quantas pessoas com a respeitabilidade e visibilidade globais de Nelson Mandela permanecem por aqui? É certo que se já tínhamos poucas lideranças relevantes, sem Mandela, ficaremos ainda mais carentes de bon e verdadeiros líderes.
No mais, Rest In Peace, Mandela!
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