terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Sarney e Roseana acabaram com a extensão rural e a assistência técnica para favorecer o agronegócio

Por Aldir Dantas , do blog.oquartopoder.com

Quando presidente da república, o atual senador José Sarney, atendendo interesses de empresários do agronegócio, extinguiu a Embrater – Empresa Brasileira de Assistência Técnica e Extensão Rural e no Maranhão, a governadora Roseana Sarney passou o rôdo na Emater do Maranhão. A decisão para favorecer interesses políticos e do empresariado de commodities, constituiu-se como punição e exclusão para milhões de famílias do meio rural brasileiro. Os governadores de inúmeros Estados da Federação decidiram assumir a extensão rural e a assistência técnica e todos eles cresceram na produção de alimentos, na organização rural e na melhoria de vida de trabalhadores e trabalhadores rurais com a geração de riquezas.

Foi a partir da extinção da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Maranhão, que a governadora Roseana Sarney aumentou a exclusão social, as desigualdades, a fome e a miséria. O Maranhão que chegou a ser o segundo maior produtor de arroz do Brasil, com a maior parte da produção vindo da pequena agricultura, desde então se tornou um grande importador de alimentos. O governo abriu as portas para o agronegócio e o latifúndio perverso e os conflitos agrários que à época eram toleráveis, se tornaram perversos e muito sangue vem sendo derramado com a proteção do executivo e do legislativo e a conivência do judiciário.
Roseana e o pai Sarney felizes da vida
A data de ontem registrou o Dia Nacional da Extensão Rural (6). Em todos os Estados em que ela foi preservada, as comemorações serão encerradas no domingo, com importantes avaliações e metas a serem atingidas no próximo exercício. No Maranhão não era diferente, nas 13 regiões e nos 120 escritórios locais, quase todos próprios, construídos em convênio com o Banco Mundial e a direção central no Outeiro da Cruz, onde hoje funciona a Secretaria de Segurança Pública.Emater-Ma e a Sucam eram vistas como a cara dos governos estadual e federal no meio rural. Os técnicos estavam em todas as comunidades muitas vezes por semanas e nas sedes dos municípios, orientando o plantio, a colheita e a comercialização, proporcionando a que homens e a mulheres do campo com o suor de cada dia melhorassem de vida com dignidade.

A politica do governo para a pequena agricultura é a expulsão de famílias das suas terras de posse, procurando sempre favorecer políticos grileiros, latifundiários e empresários do agronegócio. O eucalipto vem criminosamente ocupando os espaços dos babaçuais, a soja que não gera emprego avança indiscriminadamente e tem muita gente morando entre a cerca do arame farpado e os acostamentos de estradas. Os poderes constituídos empurram perversamente para morte, milhares de idosos que ao serem expulsos das terras em que nasceram acabam morrendo pelo sofrimento com a perda da própria cultura. Os jovens se tornam presas fáceis para o trabalho escravo e para as drogas e as meninas acabam tristemente na prostituição.

São muitos os técnicos, técnicas e os servidores administrativos da extinta Emater-Ma, que lamentam profundamente o que aconteceu com a instituição e a perversidade do governador Epitácio Cafeteira, em não honrar os salários dos funcionários e toda uma serie de bandalheiras aplicadas à instituição pelos seus vassalos. A foto é uma das muitas que tenho como lembranças da minha vida na Emater-Ma por 18 anos, como jornalista, assessor de comunicação social. Ela é de uma vaquejada no município de Mirador, na época em que um pequeno agricultor podia participar de competição com animal próprio.

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