sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Artigo do Flávio Dino: Uma nova política de desenvolvimento para o Maranhão

Por Flávio Dino

Historicamente a economia maranhense foi marcada pela convivência entre a agricultura de subsistência, o extrativismo e pequenos pólos mais dinâmicos voltados à exportação. Esse modelo econômico não foi capaz de levar o nosso estado a patamares expressivos de desenvolvimento, nem de romper com a brutal concentração de renda nas mãos de poucos.

Para superar essa quadro, como os fatos recentes estão demonstrando, não basta fazer o “bolo” da riqueza crescer se ele não é distribuído com justiça e eficiência.

No atual momento do Maranhão, marcado por tantas urgências, temos que dar conta de três tarefas fundamentais:

1) expandir o nosso mercado interno, pela consolidação de atividades econômicas já existentes – por exemplo a agropecuária familiar e empresarial -, conjugadas às políticas sociais;

2) produzir mais ciência e tecnologia e garantir o acesso dos produtores do campo e da cidade a esse conhecimento;

3) ter uma política industrial inclusiva e democrática, que liberte o Maranhão da monotonia dos discursos baseados nos “grandes projetos” redentores.

Essa nova política industrial deve visar ao adensamento das cadeias produtivas (grãos, pecuária, ferro e alumínio, cimento, óleos vegetais e produtos oriundos da biodiversidade, cerâmica vermelha e minérios brancos, entre outras).

Em paralelo, precisamos implantar uma rede de Arranjos Produtivos Locais (APLs), que garantam geração de renda e mais oportunidades de trabalho. Cito como exemplos o mel, a farinha, o pescado, o artesanato etc.

Ou seja, há caminhos para sairmos do aparentemente invencível ciclo de notícias negativas, inércia governamental e sofrimentos impostos a milhões de pessoas.

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