Em nota enviada à imprensa, o governo do Maranhão acusou o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de tentar “descredibilizar” a gestão da governadora Roseana Sarney (PMDB) com o dossiê que divulgou sobre a situação carcerária no estado.
No relatório entregue hoje à Procuradoria-Geral da República, Roseana se defende dos números divulgados pelo CNJ ao anunciar investimentos feitos nessa área. Segundo o documento do Conselho, 60 pessoas morreram no ano passado, sendo três decapitadas, no presídio de Pedrinhas.
“O governo demonstra, por meio das providências que vem sendo tomadas, que não compactua com qualquer atitude de desrespeito aos direitos humanos, muito menos com inverdades que foram levadas a público pelo juiz Douglas Martins, do Conselho Nacional de Justiça, com o único objetivo de agravar ainda mais a situação nas unidades prisionais do Estado e numa clara tentativa de descredibilizar medidas que já haviam sido determinadas pelo Governo”, diz uma nota da assessoria de comunicação do governo.
Em dezembro, o relatório divulgado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) apontou uma série de irregularidades e violações de direitos humanos na Penitenciária de Pedrinhas, como superlotação de celas e abuso sexual praticado contra companheiras dos presos sem posto de comando nos pavilhões.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, encaminhou o pedido de informações no dia 19 de dezembro, após uma série de cinco mortes no complexo prisional. Os dados servirão de base para o procurador-geral decidir sobre o possível pedido de intervenção federal no sistema carcerário maranhense.
Na última sexta-feira, cinco ônibus foram incendiados e uma delegacia foi alvo de tiros em São Luís. Na avaliação das autoridades, os ataques foram em reação às medidas adotadas para combater a criminalidade nas unidades prisionais da capital, que receberam o reforço da Polícia Militar no fim de dezembro.
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