sábado, 4 de janeiro de 2014

Santa Inês: 2013, O ANO EM QUE RIBAMAR ALVES E SANTA INÊS ENCOLHERAM

JORNAL AGORA SANTA INÊS


Ribamar Alves fez por onde seu “capital político” encolhesse. A juíza Larissa Tupinambá que acusou Ribamar de assédio sexual

O ano político se encerra menor do que começou para muita gente, especialmente para o prefeito Ribamar Alves e sua consorte, Luana Costa, ambos do PSB. Ouve-se dizer nos bastidores que os Alves tiveram um aumento de patrimônio muito grande em 2013, fato que cabe às autoridades investigar, mas uma coisa está na cara e não carece de nenhuma investigação, vez que é fato visível por qualquer cidadão de Santa Inês: o patrimônio político da dupla, em especial do prefeito, encolheu e muito nos últimos doze meses e com bastante força de julho para cá. Antes do meio do ano ainda havia uma expectativa de que Ribamar conseguisse manter seu plano de vôo, driblando as turbulências, porém ele chega ao fim do ano envolvido em imbróglios de toda natureza. Vai ser difícil manter-se de pé diante de tamanha tempestade, a despeito de seu sorriso e polegar levantado para cima em mensagens de Natal e de fim de ano recheadas de novas promessas que estão sendo veiculadas especialmente nas TVs pagas.



PROMESSAS VAZIAS


O prefeito desembarca em 2014 sem ter cumprido a metade de uma dezena das mais de 100 promessas feitas durante a campanha eleitoral. Muito menos do que isso, se levarmos em consideração que 98% das “obras” creditadas à sua administração em 12 meses, foram deixadas pela administração anterior e o que ele fez foi somente maquiá-las com tintas, cujas cores são as do seu partido (PSB) - coisa que na cidade de Caxias suscitou o Ministério Público a pedir o afastamento do prefeito Léo Coutinho – portanto, apenas obras cosméticas. E olhem que ¼ do mandato do prefeito já foi para o espaço. Se comparado a apenas um ano de mandato do ex-prefeito Roberth Bringel, Ribamar não fez nada mesmo. Em cada um dos oito anos da administração bringelista foram construídas 25 salas de aulas e implantado 25 Km de asfalto, só para citar dois exemplos. No total foram 200 salas de aulas e 200 Km de asfalto em mais de 500 ruas em oito anos.


NO PREJUÍZO


O prejuízo para o município em geral foi muito grande em 2013. Mesmo tendo encontrado os cofres cheios, os salários dos servidores em dia e o pagamento dos fornecedores atualizado e milhões em convênios já firmados nas esferas Federal e Estadual – ao contrário do que encontraram os prefeitos de vários municípios no entorno de Santa Inês - Ribamar Alves não conseguiu manter a prefeitura na mesma direção, apesar de quase uma centena de milhões que regaram todas as secretarias, em especial as de Educação e Saúde. Mês a após mês a atual gestão engatinhou, mas não conseguiu se levantar. As denúncias contra ela pipocaram nas redes sociais e blogs daqui e da capital. Nada escapou aos olhos dos observadores atentos aos passos dos gestores das secretarias e de seus comandantes – o prefeito e a primeira dama, que mesmo sem ocupar cargo algum no município despachou como se prefeita fosse em diversas oportunidades. Nos bastidores e nas redes sociais (essas então, detonaram moralmente o prefeito, a primeira dama e seus assessores) falou-se em desvio de dinheiro, licitações escandalosas – uma delas foi “detonada” pelo Ministério Público – e falou-se publicamente em descaso com a coisa pública, abuso de poder, porres do prefeito em eventos públicos e por fim, uma tentativa de assédio sexual a uma juíza da Comarca neste último mês do ano – fato negado pelo prefeito.


O QUE CONTABILIZAR


Na contabilidade positiva para a prefeitura e prefeito some-se a reforma da Praça da Matriz, a implantação de creches na cidade – grande parte em casas alugadas - o serviço da limpeza pública e a convocação – por livre espontânea pressão da Justiça – de duas centenas de concursados. Poderia se lançar nessa contabilidade as mil casas do programa do Governo Federal Minha Casa Minha Vida, mas elas já haviam sido construídas na gestão passada de Roberth Bringel, e as duas novas ambulâncias que foram compradas, porém o dinheiro para ambas já estavam nos cofres da prefeitura desde o ano passado. Mais alguma coisa? Sim, a criação de uma Secretaria Municipal de Segurança Pública, outra do Meio Ambiente e dezenas de projetos que viraram lei na Câmara Municipal, cujas serventias só o tempo dirá. O restante das dezenas de promessas de campanha e as outras feitas este ano, ficaram penduradas para os próximos três anos. E a dívida com a população, se já era grande, agora foi que aumentou de vez: nos VT’s de final de ano o prefeito aparece como a figura de Papai Noel, ao lado da primeira dama, prometendo “presentes” caríssimos e custosos de serem feitos, para a população de Santa Inês. Aliás, se existe uma coisa que Ribamar Alves não costuma fazer é economizar em promessas. Elas se sucedem a torto e a direito como se cada coisa prometida já estivesse pronta em uma prateleira só esperando ser embalada, trazida para Santa Inês e instalada num piscar de olhos.


PREJUÍZOS POLÍTICOS


Para fechar por aqui – deixando de lado um leque incontável de “poréns e entretantos”, voltemos ao tema capital político: Ribamar em menos de um ano despachou uma secretária – a de Educação – que era do PT, colocou para escanteio o seu vice que também é do PT, desgastou-se com outras siglas partidárias, seu partido o PSB também rompeu com a presidente Dilma, sua maior cabo eleitoral em 2012, e de quebra teria assediado a mulher de um dos maiores quadros do PC do B no estado, o secretário de Educação de São Luís Geraldo Castro que vem a ser o marido da juíza Larissa Tupinambá e um dos mais influentes correligionário de Flávio Dino, candidato a governador do Estado. Isso tudo pode redundar em prejuízos políticos muito grande na eleição de outubro vindouro quando a mulher de Ribamar, Luana Costa irá tentar substituí-lo na Câmara Federal. Por tudo isso e mais um caminhão de outros motivos, pode-se afirmar que a popularidade e a confiança no político e administrador Ribamar Alves encolheram e que Santa Inês deixou de crescer em 2013, encolhendo também. Resta esperar que em 2014 prefeito e prefeitura acertem o passo para o bem geral da população, afinal, se existe algo que ninguém quer, é ver Santa Inês andando de ré.

Obras como o mercado localizado nas proximidades do estádio
foram deixadas prontas pela administração anterior


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