segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Destino de Roseana provoca debate entre governo e oposição


Os deputados Othelino Neto (PCdoB), Bira do Pindaré (PSB) e Magno Bacelar (PV) se envolveram ontem numa prolongada discussão sobre a provável renúncia da governadora Roseana Sarney. Os dois parlamentares da oposição refutaram defesa da pré-candidatura de Roseana ao Senado Federal feita pelo vice-líder do governo e afirmaram que "se houvesse amor ao Maranhão, a governadora permaneceria no cargo e cumpriria sua missão”.

Num tresloucado discurso, na tribuna, Bacelar enalteceu as ações do governo e defendeu a pré-candidatura da governadora. Segundo o parlamentar governista, “são as bases, os eleitores é a classe política que está pedindo que a nossa governadora vá para o Senado”, enfatizou.

Em resposta ao pronunciamento bajulador do vice-líder do governo, Othelino observou que a governadora está realmente se despedindo porque, segundo ele, “depois de tantos anos de insensibilidade, resolveu conceder um aumento aos servidores do Estado do Maranhão”. Othelino lembrou ao deputado governista os números relativos à Segurança Pública que, comparados aos governos de José Reinaldo e Jackson, pioraram. “A Polícia Civil vive o seu pior momento na história do Maranhão”, acrescentou.

Para Bira, o aumento concedido pela governadora aos servidores não é uma concessão, mas uma troca, que não foi de graça, que os servidores tiveram que abrir mão do passivo judicial ao aderir ao Plano de Carreira, Cargos e Salários do governo do Estado. “Essa festa ao anunciar esse aumento soa como uma bondade concedida pela governadora, quando na verdade não é”, observou.

Bira lembrou que, no mesmo momento do anúncio do aumento dos servidores, a governadora declarou que só em março vai decidir se fica ou não no governo, o que, segundo ele, confirma a manobra da eleição indireta, na Assembleia, como nunca aconteceu no País, e que começou com a indicação do vice-governador para o Tribunal de Contas do Estado.

“A governadora deveria permanecer no cargo, deveria cumprir a sua missão para a qual foi eleita e não abandonar o estado na situação em que se encontra, nesse caos em que se encontra o Sistema Penitenciário, no caos em que se encontra a educação, no caos em que se encontra o Sistema de Saúde. Se houvesse afeto, se houvesse amor ao Maranhão, a governadora permaneceria no cargo e cumpriria sua missão”, defendeu Bira.

Magno Bacelar, momentos antes, havia feito um vibrante pronunciamento defendendo a pré-candidatura Roseana ao Senado. Um dos pontos defendidos por ele e que credenciaria a governadora a disputar o Senado foi o anúncio de aumento de até 18 por cento nos salários dos servidores efetivos. Para os parlamentares da oposição é muito pouco para quem passou seis anos sem conceder qualquer tipo de benefício ao funcionalismo e transformou o Maranhão num caos administrativo.

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