Impossível imaginar a paúra criada no desespero do perder o conquistado, o dominado pelo processo da opressão, da malandragem do direito surrupiado da população. Em todos os cantos a palavra comum sempre fica no “Final dos Tempos”.
Possível conquistar um povo mudo, jamais os que não querem mais escutar a mesma gravação de imposição serviçal que mantém poucos como donos de muitos.
Espetacularmente fazem da encenação politica o roteiro em que todos aceitam serem pouco mais do que meros espectadores, evidente que pagando o caro ingresso à custa da miséria.
A oposição ao grupo Sarney vive o seu momento mais sádico assistindo o seu esfacelamento, sem precisar um movimento, uma palavra de intriga, somente copiando o mesmo modelo criado pelo senador Sarney, mente de todos que utilizou durante décadas para enfraquecer o alinhamento dos adversários antes de uma eleição.
Resta à eleição indireta neste ano eleitoral, a governadora Roseana Sarney jura de pés juntos que não sai sem levar o Arnaldo Melo empacotado na bagagem, o problema ficou na falta de prazo para um novo escândalo idêntico as decapitações de Pedrinhas.
Executivo versus legislativo briga pelo mesmo tubo de oxigênio, enquanto a representante do judiciário na corrida da sucessão reza pelo asfixiamento de ambos os poderes. No momento de intrigas o olhar volta-se para o nublado céu de inverno com as aves de hábitos necrófagos afiando os bicos para retalhar o espólio eleitoral.
Todo fim vem acompanhado da melancolia, dos derradeiros comentaristas lembrando que avisaram não sei quantas vezes, evidente que à surdina, sempre no trêmulo tom baixo. O custo da espera na sucessão continua barato, resta saber qual a pechincha de última hora vai ser lançada no mercado do poder.
Com análise Felipe Klamt
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