domingo, 12 de janeiro de 2014

Vergonha internacional: The New York Times destaca colapso em Pedrinhas

Jornal do Brasil - editado

As imagens dos presos decapitados no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, no estado do Maranhão, continua em destaque nos noticiários internacionais. O The New York Times publicou nesta quinta-feira (9/1) que uma série de episódios de violência na penitenciária de Pedrinha levantam análises sobre a deterioração do sistema de segurança no Maranhão, estado governado por uma das mais poderosas famílias políticas do Brasil, citando os nomes da governadora Roseana Sarney e do seu pai, o ex-presidente José Sarney. Na quarta (8), o Wall Street Journal comentou o vídeo divulgado pela Folha de São Paulo e as opiniões de especialistas em segurança pública sobre o aumento da criminalidade no Maranhão.

O Times detalha as barbáries ocorridas em Pedrinhas durante o motim em dezembro e os motivos que podem ter levado à rebelião e já foram amplamente divulgados pela imprensa do Brasil. Destacou as retaliações dos marginais às forças de segurança que tentaram retomar o controle na penitenciária, os quatro ônibus queimados na capital que resultou na morta de uma criança de seis anos, além de mais um passageiro e vários feridos. O Times comenta a resposta da governadora Roseana Sarney a “explosão de críticas de grupos de direitos humanos sobre as condições na prisão e o aumento da criminalidade no Maranhão”. “Sra. Sarney divulgou nota atacando o jornal por ter circulado o vídeo, chamando o movimento de ‘sensacionalista’”, destaca o Times.

Ao comentar uma entrevista publicada domingo passado (5) no O Estado do Maranhão, o Times ressalta que o veículo brasileiro é “controlado pela família Sarney” e a matéria atribuiu a crise na penitenciária do estado a atrasos no sistema federal, que estende o tempo em que os detentos devem permanecer na prisão, e também à resistência dos guardas prisionais que pretendem mudar a forma como as prisões são gerenciados. Nas linhas seguintes, o jornal americano informa que Pedrinhas tem espaço para 1.700 detentos, mas atualmente tem mais de 2.200.

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