sexta-feira, 25 de abril de 2014

“Estamos diante de uma nova Pasadena”, argumenta o deputado Carlos Brandão, sobre denúncias de superfaturamento na refinaria Premium I

Os parlamentares tiveram aprovado, este mês, um requerimento que solicita um comissão externa para visitar e acompanhar as obras da refinaria que estão localizadas em Bacabeira, a 60 km de São Luís, no Maranhão.

Com promessas de se tornar a maior refinaria do país, a Premium I teria a produção voltada para combustíveis de alta qualidade. Segundo a Petrobrás, em sua primeira fase, a refinaria teria capacidade de processar 300 mil barris/dia. Depois de concluídas as obras, essa capacidade duplicaria.

No entanto, a construção que foi inaugurada em 2010 pela então candidata ao governo do Maranhão, Roseana Sarney, e pelo ex-presidente Lula estão paralisadas desde 2012. Recentemente, os governos federal e estadual anunciaram que será iniciado novo processo licitatório para recomeço das obras que haviam sido canceladas pela presidente da Petrobrás, Graça Foster, por falta de verba.

Só para a terraplanagem da área de instalação da refinaria foram gastos R$ 789 milhões a mais do que o R$ 711 milhões previstos. O valor gasto até a paralisação dos trabalhos foi de R$ 1,5 bilhão; ou seja, mais do que o dobro do previsto no contrato inicial entre a estatal e o consórcio GSF (Queiroz Galvão, Serveng e Fidens).

“As obras da refinaria foram noticiadas em tom de festa por autoridades e candidatos que prometiam a geração de 200 mil empregos. Depois de gastos cerca de 1,5 bilhão de reais só para terraplanagem, a presidente da Petrobras anunciou o fim dos trabalhos por falta de recursos. Os anos passaram e o resultado é que estamos diante de uma nova Pasadena. Dinheiro público jogado por terra mais uma vez”, argumenta o deputado Carlos Brandão.

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